SALVE JORGE
A surpreendente notícia da eleição do Argentino Jorge Mário Bergoglio para ocupar o ofício de Bispo de Roma e consequentemente o Papa da Igreja Católica Romana, sugere diversas reflexões a cerca de inusitado episódio proporcionado pelo Colégio Cardinalício.
Nos idos de 1960, quando ainda se usava o Latim como língua oficial na Igreja, os padres da Companhia da Jesus – Jesuítas – da qual faz parte o Papa Francisco, faziam suas campanhas vocacionais usando como frase motivacional uma espécie de trava-língua: "Si itis cum Jesuitis, cum Jesus itis" – Se vais com os Jesuítas com Jesus Tu vais.
Eis que agora a Igreja no mundo confia a barca de Pedro, pela primeira vez, a um Jesuíta que pede para ser chamado de Francisco. Unem-se a simplicidade do “Pobrezinho de Assis” com a “sabedoria de Inácio de Loyola” cuja fusão aponta para o resultado da “Santidade Moderada”.
Neste momento histórico da complexa mudança de época pela qual passa toda a humanidade, os recentes fatos ocorridos no interior da Igreja como instituição olham para o novo Papa com um sorriso de boas vindas e com a humildade que o Argentino mostrou para o mundo.
Livre das pompas iniciais inerentes ao cargo e à história pede para ser abençoado pelo mundo e lembrado nas orações, quebra o protocolo tirando a própria Estola ao final da Bênção sobre o mundo e atônito como o próprio mundo, olha emocionado para aquela que será a sua “nova Buenos Aires” conclui sua aparição dizendo “nos veremos em breve para fazer o movimento recíproco de Igreja- Povo-Igreja”.
O Jesuíta que vive como Francisco contrariou todas as especulações da mídia de onde se pode concluir o “Espírito Santo ainda fala na Igreja”. O que se pode esperar do novo Papa é exatamente o que se acredita ser possível neste momento histórico: Um jeito novo de toda a Igreja ser!
O bispo emérito de Catanduvas (SP) D. Antônio Celso Queiroz, em entrevista ao programa Tribuna Independente da Rede Vida de Televisão, no dia 13/03/13 afirmou categoricamente sua esperança de ver concretizado na Igreja as diretrizes evangélicas emanadas da Conferência de Aparecida, cujo documento final teve como redator o então Cardeal Bergoglio. D. Celso terminou sua participação naquele programa reafirmando o que há de mais genuíno na Igreja e motivo pela qual ainda vale a pena dela participar: “A Igreja nos deu Jesus Cristo”.
Diz a tradição que certa ocasião enquanto Francisco rezava na Igreja de São Damião, ouviu as palavras de Jesus que lhe dizia: “Francisco restaura a minha Igreja”. Neste sentido permitam-me concluir de um modo jocoso sem ser ideológico: ‘SALVE JORGE’ – RESTAURA A NOSSA IGREJA!
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